O que está acontecendo com a bolsa brasileira?

Acqua Vero
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Olá, tudo bem?

Antes de falar sobre o tema desta semana, preciso reforçar que, em breve, a AVINews será enviada apenas para quem estiver cadastrado em nossa base.

Para continuar recebendo toda quinta-feira de forma totalmente gratuita, 

QUERO INVESTIR

 

Agosto não tem sido um mês fácil para a Bolsa brasileira.

Nos 17 pregões encerrados até a véspera, o Ibovespa subiu em apenas 3.

A primeira dessas 3 altas, de módicos 0,37%, veio apenas na última sexta-feira (18), depois de nada menos que 13 sessões consecutivas de queda.

Foi a pior sequência negativa em toda a série histórica do índice, que retrocede ao início de 1968!

Curiosamente, ela começou no mesmo dia em que teve início a reunião do Comitê de Política Monetária que acabou reduzindo a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, para 13,25% ao ano.

Curioso porque, para boa parte do mercado, o aguardado corte de juros seria um catalisador importante para as ações brasileiras – o que, até o momento, não se confirmou.

O que será que aconteceu? A tendência de alta observada até o final de julho se esgotou? Ou estamos apenas diante de uma pequena pausa para retomar o fôlego dentro de uma caminhada mais longa e profícua?

Para responder essas perguntas, é necessário fazermos algumas ponderações.

Por exemplo, há um aspecto interessante sobre essa correlação entre ciclo de queda da Selic e comportamento do principal índice de ações do país…

Se pegarmos o histórico do Ibovespa nos últimos dez ciclos ao longo dos últimos 25 anos, a alta média acumulada pelo índice foi de 21% nos 12 meses seguintes ao primeiro corte.

No entanto, no mês em que esse primeiro corte na taxa ocorreu, o IBOV caiu 2% na média – no acumulado de agosto até o último fechamento, a queda é de 3,12%.

Talvez seja aquele velho ditado do “sobe no boato, cai no fato”, com os preços das ações já se antecipando ao início do ciclo e os investidores optando por realizar parte dos seus lucros após a confirmação do evento.

É claro que existem diversas outras variáveis interferindo na Bolsa, principalmente algumas mais preocupantes vindas do exterior, mas o fato é que a história nos mostra que o ano seguinte ao início de um movimento de queda na Selic costuma ser bastante positivo.

Isso não significa que essa trajetória será como um passeio no parque.

Mesmo os ciclos de maior valorização das ações em longo prazo são marcados por importantes drawdowns – a taxa de oscilação entre o preço máximo e o mínimo de um ativo – no meio do caminho, de 20%, 30% ou até mesmo 50%.

Depois, quando passa, vira uma marolinha quase imperceptível no meio do oceano, praticamente invisível no gráfico que contempla todo o período de alta. Mas, no momento em que você está vivendo, é sofrido. Testa a sua paciência e disciplina a cada dia de queda.

Não à toa, muitos acabam ´reprovando´ nesse teste ao tomar uma atitude irracional, que implica entrar em pânico por um prejuízo momentâneo e se desfazer de bons ativos por conta de ruídos e volatilidade de curto prazo.

O megainvestidor e gestor Howard Marks esteve em São Paulo no início de agosto e deu uma entrevista ao Brazil Journal, onde afirmou que um dos maiores erros que um investidor pode cometer é ficar fora do mercado.

“É melhor estar no mercado e sofrer durante períodos ruins do que entrar e sair tentando evitar esses períodos e perder a maravilha do longo prazo”, disse Marks.

Isso é especialmente verdade considerando que não houve deterioração dos bons fundamentos observados hoje para a Bolsa brasileira.

Aos olhos dos investidores estrangeiros, que são os grandes responsáveis pelo desempenho ainda positivo do Ibovespa em 2023, nossas ações ainda são baratas frente a um mundo desenvolvido que, no geral, é caro e à falta de opções mais viáveis entre outros mercados emergentes.

Eles sabem que o movimento de queda dos juros vai acabar impulsionando os lucros das empresas e que a aprovação do arcabouço fiscal pelo Congresso na véspera trará mais segurança aos que pretendem destinar parte dos seus recursos para o Brasil.

Dito isso, entendo que a posição técnica nas ações brasileiras ainda é suficientemente convidativa para preservar nossa tendência de alta, vide a boa recuperação do Ibovespa nos dois últimos pregões. Ela só deve exigir um pouco mais de seletividade – e de estômago – de quem for carregá-la.

Atualmente, com os juros ainda em patamar bastante elevado, o investidor acaba demandando um prêmio alto pelo risco que tem que correr ao investir em ações e outras modalidades consideradas mais arriscadas.

E, na maioria dos casos, acaba concluindo que simplesmente não vale a pena abrir mão do rendimento e da segurança das aplicações mais conservadoras.

Mas isso irá acabar…

Em pouco tempo, a renda fixa não será mais capaz de proporcionar uma rentabilidade tão atrativa, e você será obrigado a sofisticar suas aplicações para conseguir um retorno maior.

Encare a queda recente do Ibovespa como uma boa oportunidade de preparar a fatia de renda variável da sua carteira de investimentos para o recém-iniciado ciclo de queda dos juros no Brasil. 

Para mais detalhes, entre em contato com o seu assessor ou assessora – ou, se for o caso, abra sua conta na Acqua Vero agora mesmo!

 

Um abraço e até a próxima,

Gabriel Casonato

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