Olá!
Depois de três meses de forte volatilidade, testando a disciplina e a paciência dos investidores de ações, o Ibovespa conseguiu engatar uma sequência positiva e acumula uma forte valorização de 11% em novembro, na maior pontuação do ano.
Tal movimento vinha sendo amplamente esperado pelo mercado desde meados de agosto, quando o Banco Central deu início ao atual ciclo de cortes nos juros brasileiros.
E agora que ele finalmente chegou, trouxe junto uma renovação das esperanças de um possível rali de fim de ano para a Bolsa brasileira.
Uma combinação poderosa de queda no rendimento dos Treasuries (os títulos do Tesouro americano, considerados o investimento mais seguro do planeta), avanço da reforma tributária no Brasil, inflação abaixo do esperado e valuations convidativos aumentou a probabilidade de um rali.
Mas afinal, o que significa esse rali de fim ano?
Caso o leitor seja um investidor de longa data, provavelmente já ouviu por aí a expressão, que nada mais é do que uma indicação de que o Ibovespa performa melhor nos últimos três meses do ano.
Se recorrermos aos dados históricos do principal índice de ações brasileiro desde 1999, quando foi implantado no país o sistema de metas de inflação dentro do tripé macroeconômico – ou seja, período marcado por uma significativa modernização do mercado brasileiro –, vemos que o rali ocorreu em 16 dos 24 anos.
Durante esse intervalo, o retorno médio do Ibovespa entre outubro e dezembro foi de 9,41%. E se considerarmos o último ciclo de queda da taxa Selic, entre 2016 e 2019 (excluindo a queda para 2% em 2021), a média de ganho do IBOV no último trimestre desses anos foi de 6,77%.
De fato, os números permitem um certo otimismo com o desempenho das ações brasileiras nas semanas restantes de 2023. Por outro lado, é sempre importante lembrar que retornos passados não são garantia de retorno futuro.
Mais importante do que a análise histórica do Ibovespa revelando um padrão consistente de desempenho positivo nos últimos meses do ano, é termos em mente que existem sim motivos que justifiquem uma boa performance dos ativos de risco domésticos.
Neste contexto, a grande lição que eu tiro é algo que já comentei neste espaço em outra oportunidade: é necessário estarmos sempre alocados em boas ações.
Imagine, por exemplo, quem entrou em pânico por um prejuízo momentâneo nas semanas seguintes ao início do ciclo de queda da taxa Selic e se desfez de bons ativos por conta de ruídos e volatilidade de curto prazo…
São as pessoas que, agora, têm que pagar bem mais caro para ter novamente nas carteiras aquelas mesmas ações que venderam num momento errado, em que o melhor a ser feito era justamente não ter feito nada.
É por isso que o megainvestidor e gestor Howard Marks diz que um dos maiores erros que um investidor pode cometer é ficar fora do mercado. “É melhor estar no mercado e sofrer durante períodos ruins do que entrar e sair tentando evitar esses períodos e perder a maravilha do longo prazo”, afirma.
Lembre-se que poucos dias podem fazer uma diferença brutal na performance da sua carteira e que ninguém pode antecipar inflexões.
Encerro reforçando que nossos assessores estão totalmente à disposição para te ajudar a revisar sua estratégia de investimento para a virada do ano, o que obviamente também inclui suas posições na renda variável.
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Um abraço e até a próxima,
Gabriel Casonato
CNPI