Olá!
Uma pergunta bastante comum que fazemos na hora de começar a investir é qual seria uma taxa satisfatória para fazer nosso dinheiro render.
No entanto, na medida em que vamos aprendendo mais sobre o mercado, constatamos que esse número mágico, infelizmente, não existe.
Ele vai depender, dentre outros fatores, do patamar dos juros e da inflação, que podem variar de forma considerável ao longo do tempo.
Pegando o caso do Brasil, vimos a taxa Selic sair da mínima histórica de 2% em março de 2021 para 13,75% em agosto de 2022, patamar em que ficou estacionada por um ano até começar a cair novamente, para os 12,25% atuais.
Essa ampla variação tem impacto direto nos investimentos de milhões de brasileiros, dado que a taxa básica de juros caminha junto com o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), o principal indicador de retorno da renda fixa.
Além disso, é preciso ponderar que boa parte dos investimentos mais conservadores são tributados, geralmente com uma alíquota regressiva de Imposto de Renda que diminui conforme o tempo da aplicação.
Também é importante destacar que eu não estou levando em consideração as opções de renda variável, pois não há garantias ou previsão a respeito da rentabilidade que pode ser obtida com elas.
Preâmbulo feito, chegou a hora de responder à pergunta feita no título deste e-mail…
Buscar um rendimento líquido de 1% ao mês, de preferência com pouco risco, é um desejo clássico dos investidores brasileiros.
Com a taxa Selic em 12,25% ao ano, ficou mais fácil alcançar esse objetivo no conforto da renda fixa. Afinal, 12,25% divididos por 12 meses é igual a um retorno de 1,02% ao mês, certo?
É uma pena, mas… errado.
Por mais que os juros atuais colaborem com o anseio do investidor, é preciso fazer mais que uma divisão simples para se chegar a almejada rentabilidade.
Como eu escrevi acima, a depender da aplicação, o Imposto de Renda precisa entrar na conta. No caso dos CDBs (Certificados de Depósito Bancário), por exemplo, a alíquota de IR pode variar de 22,5% sobre os ganhos nos investimentos de até 6 meses para o mínimo de 15% nas aplicações com validade de mais de 2 anos.
Além disso, eles podem ser pré ou pós-fixados – no primeiro caso, é possível saber exatamente quanto o título renderá, enquanto no segundo esse rendimento será determinado pela variação do índice de referência ao longo do templo da aplicação, e não por uma taxa pré-estabelecida.
Esse formato de remuneração também é utilizado pelos títulos públicos negociados pelo Tesouro Direto e pelas LCIs (Letras de Crédito Imobiliárias) e LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio), com a diferença de que as Letras são isentas de Imposto de Renda.
Tais ponderações são fundamentais na hora de se calcular, ou ao menos estimar, qual o retorno de uma determinada aplicação de renda fixa, sobretudo se lembrarmos que estamos atravessando um ciclo de queda dos juros no Brasil.
Investimentos feitos hoje em produtos prefixados não terão variação na rentabilidade, caso mantidos até o vencimento, se a Selic for reduzida nos próximos meses. Afinal, neste caso, a taxa acertada no momento da compra do ativo é a que vale até o fim do seu prazo.
Mas a variação da taxa básica de juros altera, sim, os cálculos para os papéis pós-fixados, geralmente mais indicados para o longo prazo e dificultando, portanto, obter o retorno de 1% líquido ao mês num horizonte mais longo de tempo.
De acordo com o último Relatório Focus do Banco Central, que compila as projeções dos economistas para diversos indicadores, a taxa Selic deve encerrar este ano em 11,75% e 2024 em 9,25%, o que tem um impacto direto nas aplicações de renda fixa.
Fonte: Relatório Focus, Banco Central
Isto não significa, no entanto, que já não é mais possível conquistar uma rentabilidade líquida de 1% ao mês com os investimentos tidos como os mais conservadores.
Atualmente, existem alguns bons títulos de renda fixa de crédito privado que oferecem um retorno bastante atrativo, até acima deste patamar.
Ainda pouco acessado pelos investidores brasileiros, o crédito privado é um tipo de emissão de dívida feita por empresas que buscam recursos para viabilizar um projeto, expandir seus negócios ou que possuem necessidade de capital de giro para a operação.
Os tipos mais comuns de crédito privado são debêntures, CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliário) e CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio), que podem ter seus rendimentos isentos ou não do Imposto de Renda.
Na prática, ao aplicar nestes títulos, o investidor está emprestando dinheiro às empresas em troca de uma remuneração. Portanto, são considerados menos seguros do que os investimentos de renda fixa tradicionais, na medida em que existe um risco ligado à saúde financeira das companhias emissoras, além de não contarem com a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito).
Por outro lado, se escolhidos com a devida diligência, é possível buscar rendimentos mais elevados na renda fixa e até uma proteção do patrimônio quando o título for indexado ao IPCA, o indicador oficial da inflação.
Mais do que isso, a modalidade de crédito privado pode ser utilizada até para uma estratégia de renda passiva, isto é, para quem deseja conta com um fluxo de pagamentos periódicos – os famosos dividendos.
Agende uma conversa com seu assessor ou assessora e descubra quais investimentos ainda estão oferecendo o sonhado retorno líquido de 1% ao mês.
É só clicar no botão abaixo e escolher a data e o horário que sejam mais convenientes para você:
Um abraço e até a próxima,
Gabriel Casonato
CNPI