O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o mês de agosto avançou 0,87% m/m, acima das expectativas de 0,71% do mercado e 0,73% do BTG Pactual. Em 12 meses, o IPCA ficou em 9,68%, também acima das expectativas de 9,50% do mercado e 9,53% do BTG Pactual.
Em 2021, o IPCA já acumula alta de 5,67%, acima do teto da meta de inflação (5,25%).
Apesar de ter desacelerado em relação ao mês de julho, assim como era esperado pelo mercado, a inflação de agosto apresentou um resultado bastante acima das expectativas, segundo análise do time Macro & Estratégia do BTG Pactual digital.
A desaceleração é advinda da dissipação momentânea do aumento nos preços da energia elétrica e queda nas passagens aéreas. No sentido oposto, as altas em alimentação, com destaque para alimentação no domicilio, artigos de residência, vestuário e transportes foram os responsáveis pelo resultado acima do consenso de mercado.
Para os próximos meses, enquanto o aumento de mobilidade social e a reabertura podem seguir pressionando os preços livres, principalmente Serviços, as condições climáticas adversas devem continuar provocando altas nos alimentos e na energia elétrica. Dessa forma, a criação de uma nova bandeira pela Aneel (bandeira escassez hídrica), com vigência até maio de 2022, deve manter a pressão inflacionária em energia elétrica.
Destaques:
– Habitação (de 3,10% para 0,68%), subgrupo de energia elétrica, alta de 1,10%.
– Alimentos e Bebidas (de 0,60% para 1,39%), subgrupo de alimentação no domicílio de 0,78% para 1,63% e fora do domicílio de 0,14% para 0,76%.
– Transportes (de 1,52% para 1,46%), subgrupo combustíveis de 1,24% para 2,96%.
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