Como a alta do petróleo afeta seus investimentos

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Apesar da crescente apreensão do mercado com a desaceleração da economia global, um ativo específico vem chamando a atenção pelo seu forte movimento recente de valorização.

Na última terça-feira, o barril de petróleo tipo Brent – referência mundial para a commodity – ultrapassou a marca de 92 dólares pela primeira vez desde novembro do ano passado.

Isso obviamente tem consequências importantes não só do ponto de vista macroeconômico, mas também no dia a dia de milhões de pessoas que, de alguma forma, dependem do combustível fóssil para realizar suas atividades.

Antes de escrever um pouco mais sobre elas, vale a pena entender o que está por trás dessa disparada de 10% do petróleo em pouco mais de 15 dias…

Em linhas gerais, ela está sendo ‘patrocinada’ por Arábia Saudita e Rússia, dois rivais no setor que se juntaram mais uma vez para apoiar as cotações da commodity no mercado internacional.

A Arábia, segundo maior produtor do mundo e líder da Opep (Organização dos Países Produtores de Petróleo), anunciou a prorrogação de um corte voluntário da produção em 1 milhão de barris por dia até o final do ano, segundo a mídia estatal.

A decisão estende o movimento de junho, quando o país árabe deu um passo unilateral para evitar maiores quedas dos preços internacionais do petróleo anunciando uma redução da oferta que, inicialmente, duraria até esse mês.

No mesmo sentido, a Rússia acompanhou os árabes e também anunciou que estenderá o corte até dezembro. No caso de Moscou, a redução será de 300 mil barris por dia, segundo o vice-primeiro-ministro do país, Alexander Novak.

A pressão na oferta da commodity tem efeito direto nos preços. E um petróleo mais caro, por sua vez, significa preços mais altos para os combustíveis derivados, como a gasolina e o diesel, e para toda uma cadeia de produtos e serviços que tem seus custos atrelados a ele.

O transporte de matérias-primas e produtos, por exemplo, fica mais caro. E como já estamos cansados de saber, esses valores geralmente são repassados para o consumidor final.

A consequência, portanto, é um aumento da inflação. 

Responsável por uma série de distorções na economia, a inflação prejudica o crescimento do país e impõe elevados custos sociais – custos estes que tendem a ser inversamente relacionados ao nível de renda dos indivíduos, implicando em uma maior penalização aos mais pobres.

Além disso, ela também tem um impacto em diversos investimentos, na medida em que reduz a rentabilidade real de boa parte deles. Portanto, em períodos de avanço inflacionário, os investimentos precisam apresentar um desempenho melhor para o patrimônio apresentar uma evolução verdadeira.

Felizmente, hoje estamos com uma inflação relativamente controlada no Brasil, com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulando uma alta de 4,61% nos últimos 12 meses até agosto e o Relatório Focus, do Banco Central, apontando para uma variação positiva de 4,93% em 2023.

Não à toa, o Copom (Comitê de Política Monetária) iniciou em sua última reunião o aguardado ciclo de queda para a taxa Selic, atualmente em 13,25% ao ano e que deve cair novamente para 12,75% ou 12,50% na semana que vem.

O cenário é positivo, mas isto não significa que devemos menosprezar o risco de os preços acelerarem de uma hora pra outra no país, obrigando os formuladores de política monetária a serem mais cautelosos no que diz respeito à taxa de juros, sendo ela a principal ferramenta que eles têm para combater a inflação.

Nesta ambiguidade – algo muito comum no Brasil, inclusive –, você pode estar se perguntando como agir em relação aos seus investimentos…

A respostas para isso é algo muito simples, quase que um mantra que deve estar fixado na memória de qualquer investidor:

Independentemente do que esteja acontecendo no Brasil e no mundo, você deve sempre conservar uma carteira diversificada e balanceada.

Essa carteira vai contemplar, por exemplo, ativos que ofereçam proteção contra a inflação, como o Tesouro IPCA+ e outros produtos que têm seus rendimentos atrelados à variação do IPCA – caso de alguns CDBs (Certificados de Depósitos Bancários), LCIs (Letras de Crédito Imobiliário), LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) e debêntures.

Ao fazer essa devida diligência em sua alocação, sabendo separar o que é ruído de sinal, você certamente estará em posição de vantagem não apenas para preservar seu patrimônio, mas também para conseguir rendimentos acima da média em suas aplicações no longo prazo.

Converse com seu assessor ou assessora para saber mais sobre as oportunidades que temos atualmente para você rebalancear a sua carteira – ou, se for o caso, abra sua conta na Acqua Vero agora mesmo!

Um abraço e até a próxima,

Gabriel Casonato

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