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Os rumos da política monetária de um país, especialmente no que diz respeito à sua taxa básica de juros, têm o poder de impactar toda a economia e, consequentemente, os investimentos de boa parte da população. Não à toa, essas decisões de juros costumam ser recheadas de expectativas, a ponto de o mercado ter cunhado um termo próprio para o dia em que elas acontecem simultaneamente no Brasil e nos Estados Unidos: a Super Quarta. Ontem foi um desses dias, e ele trouxe novidades importantes para os próximos 45 dias – período em que irão vigorar as taxas anunciadas pelos Bancos Centrais brasileiro e americano. O primeiro anúncio aconteceu por volta das 15h00, com o FOMC (Federal Open Market Committee) decidindo pela manutenção dos juros nos EUA na faixa de 5,00% a 5,25%, em linha com as previsões. Lembrando que este é o maior patamar da Fed Funds Rate nos últimos 20 anos. Um pouco mais tarde, perto das 18h30, o Copom (Comitê de Política Monetária) optou por reduzir a taxa Selic em 50 pontos-base, de 13,25% para 12,75% ao ano, confirmando assim o segundo corte dentro do atual ciclo de afrouxamento monetário iniciado no mês passado. O próprio BC já havia indicado que iria manter o ritmo de queda da reunião anterior, de modo que o anúncio da véspera já vinha sendo amplamente esperado pelo mercado. Na verdade, a expectativa nesta Super Quarta era muito maior pelos comunicados que acompanharam as decisões do que pelas taxas em si, considerando que eles poderiam dar novas pistas sobre o futuro da política monetária no Brasil e nos EUA. Neste sentido, o Copom lançou mão de várias mensagens consideradas pelos analistas como mais duras – ou hawkish, no jargão do mercado –, indicando que tanto o cenário interno quanto o externo apresentam obstáculos para que seja adotada alguma aceleração no ritmo de cortes da Selic até o fim do ano. Em outras palavras, indicou mais dois cortes de 50 pontos-base nas duas reuniões restantes de 2023. Já o Fed apontou que a inflação nos EUA segue elevada e que o mercado de trabalho segue mais forte que o previsto, de modo que 12 de seus 19 dirigentes projetam que a taxa de juros do país vá encerrar o ano no intervalo de 5,50% a 5,75% – ou seja, 25 pontos-base acima do nível atual. Por mais amena que seja, qualquer subida nos juros americanos causa um impacto global. A economia brasileira, evidentemente, também é atingida. Um dos principais efeitos se dá sobre os ativos domésticos, que se tornam menos atraentes para os investidores estrangeiros. O câmbio também costuma ser atingido, na medida em que o maior volume de investimento nos EUA leva à valorização do dólar em relação a outras moedas, especialmente a dos países emergentes. No cenário atual, contudo, o Brasil possui algumas vantagens na comparação com outros países emergentes e até desenvolvidos… Além de ter se antecipado ao movimento global de aumento dos juros e conseguido controlar razoavelmente a inflação, somos um caso clássico de valor, abundante em commodities e com um sistema financeiro sólido, negociando a múltiplos baixos – ou seja, com desconto – frente aos pares internacionais e à sua própria média histórica. Soma-se a isso o fato de que a geopolítica global passa por uma redefinição a partir de conflitos mais explosivos, como entre Rússia e Ucrânia, e outros mais silenciosos, como o que ocorre entre Estados Unidos e China. As consequências disso sobre as cadeias de suprimento e sobre o fluxo de capital global são brutais. Em meio a esse cenário, nosso país emerge como uma opção razoável para o mercado num mundo carente de boas alternativas. Pode atrair capital de outros países, liderar as discussões ligadas a uma economia mais sustentável, além de fornecer comida e energia ao mundo. Mas para que isso aconteça, o governo precisa fazer o dever de casa e entregar o ajuste fiscal prometido para os próximos anos, o que ainda não sabemos se irá ou não ocorrer. O que importa agora não é tentar prever o futuro. Mas sim entender que estamos atravessando uma mudança de cenário que terá consequências importantes nos seus investimentos, na medida em que irá reequilibrar a balança entre renda fixa e variável no Brasil… Especialmente quando a Selic for reduzida para o patamar de um dígito, rompendo uma barreira psicológica importante que poderia atrair “dinheiro novo” de investidores estrangeiros para a nossa Bolsa. É claro que, para isso acontecer com mais força, é importante também que o Fed encerre o ciclo de aperto monetário nos EUA, o que vai depender dos dados de inflação e de atividade no país nos próximos meses. De qualquer forma, o contexto é favorável para posições em renda variável e a decisão do Copom tende a impulsionar mais os ativos de risco brasileiros, que já vêm de uma boa sequência desde meados de maio, com o Ibovespa saindo da casa dos 100 mil pontos para os quase 119 mil atuais. A conclusão que eu chego, portanto, é que a sua carteira de investimentos precisa estar preparada para os próximos cortes da taxa Selic – especialmente para quando ela vier abaixo dos 10% ao ano. E a hora de fazer isso é agora! Se você deseja saber como tirar o máximo de proveito dessa virada de ciclo para a Bolsa brasileira, eu tenho uma ótima notícia… Aqui na Acqua Vero temos um especialista pronto para te explicar exatamente o que você precisa fazer para surfar esse momento positivo para a renda variável e conseguir uma rentabilidade maior em seus investimentos. Entre em contato com o seu assessor ou assessora – ou, se for o caso, abra sua conta agora mesmo! |
Um abraço e até a próxima, Gabriel Casonato |