No mês de setembro, guiado por mais uma extensa revisão na série histórica, o dado surpreendeu negativamente. Além disso, o dado abaixo das expectativas pode levar a revisões do PIB para o 3T21.
Em linhas gerais, a divulgação foi:
– Varejo Restrito (m/m): -1,3% vs -0,6% Consenso e -4,3% anterior
– Varejo Restrito (a/a): -5,5% vs -4,1% Consenso e -4,1% anterior
– Varejo Ampliado (m/m): -1,1% vs -0,2% Consenso e -3,0% anterior
– Varejo Ampliado (a/a): -4,2% vs -2,9% Consenso e 0,0% anterior
No Varejo Restrito, a leitura foi influenciada pelos gargalos de oferta, pela elevada inflação e pelo deslocamento da demanda de bens para serviços, o que pode ser observado no recuo dos segmentos ligados a reabertura. Para o Ampliado, a leitura segue influenciada pelas dificuldades no setor automobilístico.
Para o mês de outubro, os indicadores antecedentes apontam para uma leve recuperação, com uma melhora marginal na venda de veículos. Contudo, os riscos de curto prazo, a elevada pressão inflacionária e os gargalos produtivos devem seguir deprimindo a leitura final.
Vale destacar que parte da surpresa dos dados mensais é reflexo das revisões nos meses anteriores. Para o varejo restrito, o mês de agosto foi revisado de -3,1% para -4,3%, julho foi revisado de 2,7% m/m para 3,1% m/m, junho revisado de -1,1% m/m para -1,2% m/m. Assim, o 3T fecha com recuo de -0,4% e apresenta um carrego de -2,4% para o 4T21
Para o Ampliado, agosto revisou de -2,5% para -3,0%, julho de 1,1% m/m para 1,4%, junho de -2,4% para -2,6%. O 3T encerrou com uma queda de -1,7% e um carrego de -1,8% para o 4T21.
Caso tenha qualquer dúvida sobre o impacto de indicadores como esse nos seus investimentos, não deixe de consultar a nossa equipe de assessoria!