Segundo o time Macro & Estratégia do BTG Pactual, no mês de março, o setor varejista apresentou mais uma leitura positiva, avançando 1,0% no conceito Restrito e 0,7% no Ampliado. O desvio-padrão das projeções já era elevado (0,4% para o Restrito e 0,97% para o Ampliado), mas ainda assim a surpresa foi positiva, especialmente para o conceito Ampliado. O Varejo Restrito encerrou o 1T22 com avanço de 1,9%, enquanto o Ampliado com 2,3%. Com este resultado, o carrego estático para o 2T22 ficou em 1,1% e 1,2%, respectivamente.
Em linhas gerais:
– Varejo Restrito (m/m): 1,0% vs 0,5% Consenso e 1,3% anterior
– Varejo Restrito (a/a): 4,0% vs 2,4% Consenso e 1,3% anterior
– Varejo Ampliado (m/m): 0,7% vs -0,1% Consenso e 2,1% anterior
– Varejo Ampliado (a/a): 4,5% vs 2,8% Consenso e 0,3% anterior
A abertura se mostrou positiva, com difusão de 70% dos segmentos, especialmente para as categorias diretamente ligadas aos efeitos do Auxílio Brasil e do aumento da mobilidade social. Além disso, os estímulos fiscais e a recuperação do mercado de trabalho têm contribuído para uma melhora marginal no consumo. No conceito Ampliado, a alta se mostrou mais expressiva, beneficiado pela leitura positiva em material de construção.
Para frente, no curtíssimo prazo, o time observa espaço para continuidade do avanço do setor pelos efeitos dos estímulos governamentais, como a liberação de recursos do FGTS, por exemplo, pela melhora na margem do mercado de trabalho e do rendimento real.
Por sua vez, no ano, ressaltam que o quadro inflacionário adverso, a taxa Selic em patamar bastante contracionista e o endividamento das famílias em patamar elevado, atingiu 77,7% em abril, maior nível da série histórica, são possíveis elementos detratores, principalmente, no final do segundo e no terceiro trimestre do ano.
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