No Brasil, somos acostumados a fugir e ter medo de taxas. Isso porque, historicamente, sofremos com taxas abusivas, desnecessárias e escondidas nas letras pequenas dos contratos.
Quando pensamos em Fundos de Investimentos, é impossível pensarmos em um ambiente livre de taxas. Obviamente, um Fundo de Investimentos é gerido por uma empresa, que chamamos de gestora, e necessita de profissionais e estrutura para poder cuidar do nosso patrimônio.
Neste ambiente, temos duas principais taxas:
A primeira é a taxa de administração: cobrada anualmente pela administração dos nossos recursos, independente da rentabilidade do fundo. Podemos entendê-la como a taxa cobrada pelos custos fixos da gestora: aluguel, salários, plataformas, despesas legais, etc. Ela é diluída diariamente do valor da cota, ou seja, todos os dias, o valor proporcional já é retirado automaticamente.
Um ponto muito importante é que a taxa de administração é cobrada proporcionalmente ao patrimônio que você possui no Fundo. Logo, quem tem menos, paga menos, mas sempre em uma proporção justa para todos.
A segunda é a taxa de performance: cobrada caso o Fundo tenha uma performance superior ao seu benchmark, ou seja, caso o gestor consiga entregar uma rentabilidade acima do objetivo declarado. Podemos entendê-la como um bônus pelo bom trabalho da gestão.
Um ponto muito importante é que a taxa de performance só é cobrada caso a rentabilidade for positiva, ou seja, ela não será cobrada pelo Fundo ter sido “menos pior” do que o objetivo.
Logo, ficam duas reflexões:
Vale a pena pagar uma taxa, digamos de 2%, para uma equipe profissional, capacitada, experiente e que faz isso o tempo inteiro, cuidar do meu patrimônio por mim?
Vale a pena bonificar uma equipe, digamos com 20% do meu ganho excedente, por ter conseguido superar sua proposta de rentabilidade sem eu ter tido nenhum trabalho?
Acredito que a resposta seja: se a equipe é boa, profissional e responsável, e faz o meu dinheiro trabalhar por mim, nós só temos a crescer juntos.