Após dois meses de recuos consecutivos, o setor de Serviços surpreendeu, apresentando avanço bastante acima do esperado em novembro. A melhora do indicador no mês se deu, em parte, pela base de comparação mais fraca em todos os segmentos, decorrente dos recuos nos meses anteriores, e pelo espaço adicional existente para o avanço de alguns subgrupos mais impactados pelo aumento da mobilidade social.
Em linhas gerais:
– Resultado (a/a): 10,0% vs 6,9% consenso vs 7,5% anterior
– Resultado (m/m): 2,4% vs 0,2% consenso vs 1,2% anterior
O avanço da leitura foi acompanhado de alta em quatro das cinco atividades pesquisadas, com destaque para serviços de informação e comunicação (5,4%). As demais expansões vieram de transportes (1,8%), de serviços prestados às famílias (2,8%) e de outros serviços (2,9%).
Para o quarto trimestre de 2021, o carrego estatístico passou de -1,5% para -0,3%. Para 2022, o carrego encontra-se em 2,5%.
Para os próximos meses, o time Macro & Estratégia do BTG Pactual ainda visualiza espaço para a recuperação parcial dos Serviços Prestados às Famílias e demais atividades ligadas ao turismo, porém observa que estes grupos têm demonstrado menor correlação com o aumento da circulação de pessoas.
Vale ressaltar que, diante da mudança do perfil de consumo da população, alguns subgrupos podem não retornar ao patamar pré-pandemia, estagnando próximo aos níveis atuais.
Dessa forma, refletindo a queda do rendimento real dos trabalhadores, a elevada inflação e a manutenção da tendência negativa apresentada pelos indicadores de confiança, o Setor de Serviços não deve seguir esta tendência positiva e pode apresentar resultados mais fracos nos próximos meses.
Caso tenha dúvidas de como os dados macroeconômicos impactam seus investimentos, conte com a nossa equipe de assessoria!