Fundos de Investimentos não prometem rentabilidade. A frase que governa esse tipo de produto é a famosa “rentabilidade passada, não é garantia de rentabilidade futura”. Mas saber como um fundo performou historicamente é naturalmente um dos principais itens que conferimos ao escolher um fundo para alocarmos nosso capital. Mas talvez seja preciso “cavar” muito mais fundo que isso.
Ao longo da crise da Covid-19 ao redor do mundo, vimos essa janela variar muito. Os fundos, em sua maioria, vinham bem de 2019 para o início de 2020, e foram fortemente impactados com os meses de março e abril, principalmente. A crise veio de forma rápida e forte e a famosa janela dos últimos 12 meses foi sendo severamente impactada. Nenhum fundo parecia bom naquela época para quem só olha isso.
Essa janela continuou sendo contaminada ao longo dos meses seguintes. Quando chegamos em maio de 2021, esses meses extremamente negativos saíram da janela dos últimos 12 meses e tudo parecia excepcional. Fundos rendendo acima de 50% em alguns casos e parecia cada vez mais fácil escolher um veículo.
A lição que pode não ter ficado para todos é que olhar uma janela curta de tempo sem saber de fato o que houve nessa janela, ou ainda mais importante, como o gestor se posicionou ao longo desse tempo, pode ser bastante perigoso. Escolher um Fundo de Investimentos passa por conhecer a equipe de gestão, a história dos integrantes, a seriedade do time de riscos, o compromisso com os objetivos declarados ao mercado e como eles estão posicionados agora para o que vem pela frente.
Ter uma equipe de assessoria qualificada te ajuda a observar, entender, selecionar e se atrelar aos melhores times e estratégias, independente do que o histórico mostre.
-Por Arthur Spirandelli
