Os temas ESG (Ambiental, Social e de Governança) estão cada vez mais em alta no mundo dos investimentos e, muito dos tópicos que essa temática traz ainda são desconhecidos pra gente.
Um dos temas mais importantes e de maior preocupação nessa temática é a emissão de gás carbônico, dada a sua importância para o nosso planeta.
Seguindo nessa linha, você sabia que existe um mercado de créditos de carbono?
Esse mercado se mostra em pleno crescimento atualmente devido a uma série de fatores que englobam tanto o Brasil quanto o resto do mundo, como a preocupação com a mudança climática do planeta devido ao aquecimento global e os acordos entre as grandes nações para reduzir a emissão de carbono, como o Protocolo de Kyoto e, mais recentemente o Acordo de Paris.
Analisando o cenário brasileiro, é possível observar que, na ausência de políticas públicas eficazes, vem ocorrendo uma disseminação acelerada de programas de sustentabilidade na iniciativa privada com foco em combater o desmatamento principalmente na região da Amazônia e do Pantanal brasileiro.
Hoje, o mercado de carbono mundialmente se divide em duas formas: o mercado regulado e o mercado voluntário.
O mercado regulado consiste na ação dos governos em determinar taxas a serem pagas em relação a cada tonelada emitida, este modelo já está sendo adotado pela União Europeia, China e alguns estados dos Estados Unidos e é favorável para a expansão do mercado de crédito de carbono.
Já no mercado voluntário, as empresas compensam a emissão de carbono por vontade própria, seja por assumir o compromisso das questões ambientais com seus consumidores e investidores ou para melhorar sua imagem.
A discussão pela regulação do mercado de carbono no Brasil está em pauta desde o ano de 2017, mas o governo brasileiro não tende a essa direção visto a posição que vem sendo tomada pelo Governo Federal e que faz com que o Brasil seja, por enquanto, apenas um coadjuvante nesse setor mesmo tendo a capacidade de ser um dos grandes protagonistas.
-Por Arthur Spirandelli