Evoluindo nas publicações sobre os títulos mais conhecidos de emissão bancária, não poderíamos deixar de falar das Letras Financeiras, popularmente conhecidas como LFs. Na teoria, elas guardam certas semelhanças com os CDBs, mas temos algumas diferenças importantes das quais falaremos melhor a seguir.
Assim como os CDBs, as LFs também são instrumentos de captação utilizados pelos bancos onde os recursos não possuem obrigatoriedade de destinação.
Mas e as diferenças? Vamos entender melhor.
Nos CDBs, é muito comum que contem com liquidez diária, ou possuam vencimentos mais curtos. Como costumam ser um instrumento para as pessoas que estão começando a investir, essas condições fazem bastante sentido. Porém, para a instituição financeira, não é muito interessante ter que disponibilizar o recurso de volta ao investidor em prazos curtos, pois não poderá conceder empréstimos da maneira mais efetiva, e é justamente nesse ponto que entram as Letras Financeiras. Como o prazo mínimo de vencimento é de 24 meses, os recursos captados pelas instituições por esse título podem ser empregados em empréstimos mais longos.
Outro ponto que diferencia os CDBs das LFs, é que naqueles há obrigação de recolhimento de um percentual para o Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Esse “custo” para trazer maior segurança para o título, é repassado na forma de taxas de juros menos atrativas. As Letras Financeiras, por sua vez, não contam com o FGC, logo apresentam retorno potencial maior em troca de um risco mais elevado. Além disso, a LF possui um valor mínimo de emissão de R$ 50.000,00 (Resolução 4733/19 Bacen).
Por fim, as LFs possuem algumas características específicas. Caso seja um título com cláusula de subordinação, o montante mínimo passa a ser de R$ 300.000,00. As LFs com cláusula de Subordinação (LFSN) são as que apresentam os maiores retornos potenciais, porém são as que possuem maior risco.
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-Por Daniel Marucci
