O IBC-Br (considerado uma proxy mensal do PIB do Banco Central) referente ao mês de maio, registrou uma queda de 0,43% m/m, abaixo das expectativas do mercado de alta de 1,1% m/m e 0,9% do BTG Pactual.
Na comparação anual, o indicador registra alta de 14,2% a/a versus expectativa de 15,7% a/a do mercado e 15,8% a/a do BTG Pactual.
No trimestre, em relação ao ano anterior, o índice acelerou 11,66%, importante ressaltar que o dado robusto é advindo da base fraca de comparação em 2020. Além disso, o dado de abril foi revisado de 0,44% para 0,85% e março de -1,61% para -2,01%.
De abril para maio, todos os segmentos apresentaram resultados positivos, produção industrial avançou 1,4%, vendas no varejo 1,4%, varejo ampliado 3,8% e serviços 1,2%. Os subgrupos que apresentaram os melhores desempenhos nos setores foram os ligados a atividades fora de casa, o que refletem a retirada gradual das medidas de isolamento social.
Além disso, o segmento varejista e serviços também tem sido beneficiado pelas novas parcelas do auxílio emergencial que foi prorrogado de julho a outubro.
Segundo o time Macro & Estratégia do BTG Pactual digital, apesar dos dados setoriais positivos, o IBC-Br trouxe um resultado aquém das expectativas, refletindo uma atividade econômica ainda em recuperação.
Para os próximos meses, as perspectivas para a atividade econômica são bem positivas considerando o avanço do cronograma de vacinação e uma possível reabertura sustentável da economia no 2S21.
-Por Arthur Spirandelli